Agricultura Familiar e o futuro: Como se preparar?

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O mundo está cada vez mais populoso, e como preparar a agricultura familiar para o futuro?

Antes de tudo, somos quase 8 bilhões de pessoas, e até 2050 esse número deve passar dos 9 bilhões. Desde já, a demanda por comida e água só aumentarão. O Brasil é um dos poucos países capazes de suprir essa demanda.

De fato, tornando a nós responsáveis por buscar soluções para aumentar a produção de alimentos para o futuro e reduzir o consumo de água sem desrespeitar as questões ambientais. Há alguns anos, a Culte vem pensando em como a agricultura familiar pode a solucionar esse problema.

Antes de tudo, queremos esclarecer o tema e conversar sobre o que pode ser feito sobre o assunto. Sobretudo, vamos abordar a questão da agricultura familiar no Brasil. E em seguida, falaremos sobre o modelo americano, considerado por especialistas como um bom exemplo a ser seguido por outras nações.

Por fim, explicaremos como podemos trabalhar juntos rumo à produtividade sustentável e aproveitar as novas oportunidades que o agronegócio tem a oferecer. Acompanhe!

Leia também: Agricultura familiar: quem são os protagonistas do setor?

O que é agricultura familiar?

agricultura familiar é uma atividade econômica realizada por pequenos produtores. São pessoas que plantam para o próprio sustento e também produzem alimentos para o resto da população.

Aqui no país, esse segmento é definido pela Lei 11.326/2006. Segundo o texto oficial, constitui propriedade de agricultura familiar no Brasil aquela que tenha até quatro módulos fiscais, uma unidade de medida estipulada pelo Incra (Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária).

Além disso, a mão de obra é predominantemente de membros da família, assim como a gestão do empreendimento. São beneficiários dessa lei agricultores, silvicultores, aquicultores, pescadores artesanais, extrativistas, povos indígenas e quilombolas rurais.

A agricultura familiar é a atividade responsável por grande parte dos alimentos consumidos no nosso país. Entre os principais alimentos produzidos por esse setor da economia estão milho, feijão, arroz, suínos, hortaliças e gado de corte, o que constitui a base da alimentação do brasileiro.

Como funciona a produção agrícola familiar?

A história da agricultura familiar no Brasil começou a se desenvolver ainda durante o império, quando senhores de terras e trabalhadores rurais disputavam espaço. Quem não tinha posses buscava um lugar para o plantio de subsistência.

Com a urbanização do território, essas pequenas propriedades agrícolas começaram a abastecer as cidades próximas. Isso porque os grandes latifúndios priorizavam a produção de monoculturas para exportação, então não necessariamente geravam alimento para a população local.

Alguns estudos apontam que a agricultura familiar no Brasil é o resultado do trabalho e da atuação de cinco grupos étnicos: indígenas, escravizados, mestiços, brancos não herdeiros e, por fim, imigrantes europeus. Destes, vale ressaltar que a produção vindo dos três primeiros enfrentou, inicialmente, uma resistência por parte dos centros urbanos. Assim, brancos e imigrantes europeus detinham grande parte da comercialização.

Hoje, existem programas do governo e linhas de crédito que ajudam os pequenos produtores a prosperarem no campo. Um exemplo é o Pronaf (Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar), que oferece adiantamentos para aquisição de insumos, troca de maquinário, etc.

O problema da agricultura familiar no Brasil

De fato, o Brasil é conhecido como um país de terra em que “se plantando, tudo dá”. Contudo, temos um clima que favorece o cultivo dos mais variados tipos de culturas, além de água abundante. Contudo, no balanço final da CNA (Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil) de 2017, o agronegócio levou crédito por 23,5% do PIB brasileiro. Gerando 14% dos empregos existentes e sendo responsável por 39% das nossas exportações.

Primeiramente, dos 14 milhões de agricultores vivem no Brasil hoje, 11 milhões são classificados como pequenos produtores, da agricultura familiar (80%). Segundo o Ministério da Agricultura (MDA), esses pequenos agricultores são responsáveis por mais da metade da produção de leite do país (58%), metade da criação de suínos (54%) e pela quase totalidade do feijão produzido no país (91%), para nomear algumas áreas. De fato, que somando todas as atividades realizadas, é possível afirmar que a agricultura familiar brasileira é responsável por mais de 70% dos alimentos que vão à mesa do brasileiro.

Veja também: Emissão da DAP: Como é feito o credenciamento?

Antes de tudo, vemos que, em estudos sobre a concentração monetária no início do Século XX, o economista italiano Vilfredo de Pareto concluiu que 80% da riqueza mundial estava nas mãos de 20% das pessoas. Então, o mesmo ocorre com o agronegócio brasileiro: os 80% responsáveis pelo resultado positivo do Brasil na agricultura mundial recebem apenas 20% dos investimentos disponibilizados para alavancar a produção. Essa realidade precisa mudar.

Qual é o segredo do sucesso do agronegócio americano?

Os EUA são constantemente apontados como um exemplo de produtividade no setor agrícola por vários fatores. De fato, a competitividade interna é um dos principais fatores: a produção americana é descentralizada em pequenos agricultores, tornando a concorrência alta, o que por sua vez estimula a inovação e o aumento da produtividade.

Sendo assim, acreditamos que, de forma similar ao modelo americano é possível reverter o quadro da falta de investimento na agricultura familiar e promover a inclusão social dos pequenos produtores. De fato, através de 3 estratégias testadas e comprovadas que são aplicáveis em qualquer país.

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1. Como captar recursos para financiar a produção?

Antes de mais nada, essa é uma grande questão que envolve a maioria dos pequenos agricultores. Contudo, tendo em vista que as instituições financeiras liberam créditos quase que exclusivamente para grandes produtores.

Nesse sentido, uma solução é a venda antecipada de parte da produção, que pode ajudar, inclusive, a viabilizar o plantio e o sustento do produtor entre safras. Todavia, uma alternativa é o ​​barter, sistema onde o agricultor troca parte da sua produção futura pelos insumos que necessita para o fomento da lavoura.

De fato, essas estratégias garantem ao agricultor a compra de insumos ou maquinários para a sua safra sem que ele precise tirar dinheiro do bolso e sem taxas de juros bancárias.

2. Como comercializar a produção e aumentar a lucratividade?

A princípio a comercialização também pode ser um problema para o agro-empreendedor familiar. Atualmente, para alguns produtos, a logística é extremamente complexa, acumulando diferentes níveis de intermediação comercial, financeira e jurídica, o que obscurece a cadeia produtiva e reflete no valor agregado e no preço final do produto.

De fato, acreditamos que a tecnologia, especificamente o comércio eletrônico, pode ser um importante aliado do agricultor contra esse problema. Dessa forma, plataformas de e-commerce ou marketplaces facilitam a conexão dos atores da cadeia produtiva, desintermediando e reduzindo os custos do produto final.

Dessa forma, o marketplace da Culte conecta produtores a agro-indústrias e ajuda a agricultura familiar a ter parceiras interessadas em comprar o resultado da produção. Reduzindo a complexidade logística e garantindo melhores condições de negociação ao empreendedor.

3. Como preparar o agricultor para o futuro?

Finalmente, entendemos que para alavancar a produtividade das agro-famílias para níveis de primeiro mundo, é necessário trabalhar a eficiência através do acesso ao conhecimento especializado e tecnologia para que a agricultura familiar tenho sucesso em seu futuro.

É essencial conectar o agricultor a profissionais especializados (como agrônomos e veterinários) e empresas de tecnologia capazes de ajudá-lo a conhecer melhor o potencial de suas terras e inserir inovações (como o uso de drones, sistemas de irrigação-inteligente, análises das condições do solo, automação e gestão da produção).

O sonho Culte

Dessa forma, a Culte surge como uma proposta para transformar o mercado agrícola nacional, sendo um instrumento de mudança do padrão antigo para um novo modelo, baseado na independência do agricultor familiar.

De fato, estamos alertas a tecnologias e metodologias inovadoras, e buscamos as soluções revolucionárias, podendo ajudar a agricultura familiar se preparar para o futuro. Antes de mais nada, estamos preocupados com o meio-ambiente, e enxergamos a tecnologia como forma de alcançar meios sustentáveis para aumentar a produção agrícola. Dessa forma, vivemos num mundo acelerado, e queremos conectar agricultores e agroindústrias às empresas compradoras, facilitando os negócios e o escoamento da produção.

Acima de tudo, queremos proporcionar aos agricultores acesso à tecnologia, ao capital, ao conhecimento e às condições de produção que grandes agricultores já dispõem. Nosso sonho é dar aos nossos parceiros o acesso a todas as oportunidades que o agronegócio tiver a oferecer nos próximos anos.

Com a integração dessas ações, a Culte pretende ser uma das maiores provedoras de recursos para o agro brasileiro, principalmente para a agricultura familiar crescer e pensar em seu futuro. E promover a inclusão social, digital e financeira de milhares de agricultores.

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